Autoridade e adolescência: uma questão de família – Eliane Calheiros Cansanção.

Autoridade e Adolescência: uma questão de família

Por Eliane C. Cansanção

Educar filhos não é tarefa fácil, principalmente em tempos de grandes transformações econômicas, culturais, sociais, tecnológicas as quais vêm refletindo e produzindo novos padrões de comportamento.

Vivemos hoje em um mundo virtual, das imagens (televisão, computador, internet, etc) de comportamentos e atitudes que escapam à razão, onde as relações com o outro se encontram imersas num sistema de tecnologia, de informações sem território definido, chamado de mundo pós-moderno.

O mundo mudou e as famílias também, há um descompasso na dinâmica familiar com os novos modelos de família, com as mudanças de valores e de paradigmas na sociedade.
Os desafios enfrentados pela família na sociedade contemporânea são enormes, com reflexos significativos na vida familiar e no modo de educar os filhos, especialmente filhos adolescentes.

Na fase de adolescência ocorrem mudanças orgânicas, afetivas e cognitivas. Mudanças que vão além do nível intra-psíquico, mas também relacional. Os conflitos gerados nesta fase exigem uma reorganização de funcionamento familiar para poder lidar de modo mais eficaz com o adolescente.

Os pais devem ser orientados e terem consciência de que são as pessoas mais importantes na vida dos filhos e que a família faz uma inscrição interna, fundamental para o desenvolvimento dos mesmos. Nesta fase é preciso compreender a importância do adolescente reconstruir sua história para poder viver o futuro e assim ir construindo-se como pessoa. 

Pais ou substitutos devem exercer suas funções parentais, sua autoridade e serem adultos capazes de educar, cuidar dos filhos com a devida atenção e responsabilidade.

A autoridade se constrói com limite e afeto. E a família deve ser um lugar de afeto, amor, respeito, de comunicação entre pais e filhos, de cuidados, de aprendizagem e do brincar. Espaço de ensinar os filhos a viver e conviver, “a voar com os pés no chão” (Capelatto, 2001).

Pergunto: Será que estamos atentos e cuidando dos nossos adolescentes como deveríamos?

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