O trabalho, ora denominado “Pedagogia Sistêmica”, originou-se a partir dos trabalhos do filósofo e professor alemão Bert Hellinger. Sua carreira como missionário católico na África do Sul durante quase 20 anos, lecionando em escolas para os zulus, durante o regime do apartheid colocaram-no em uma perspectiva ímpar para identificar questões de conflito e consciência.
Seu desenvolvimento pessoal o levou a estudar e praticar uma vasta gama de abordagens psicoterapêuticas, a saber: psicanálise, análise transacional, hipnoterapia Ericsksoniana, terapia primal, Gestalt, esculturas familiares, análise de histórias, etc. Seus trabalhos o levaram a descobrir a natureza da consciência
pessoal e certas leis inconscientes que ditam o comportamento humano em grupos familiares e sociais, as quais denominou “ordens do amor”.
Mais tarde, diversos professores e pedagogos iniciaram a aplicação do método na área educacional, sendo a contribuição mais relevante feita inicialmente por
Mariane Franke-Gricksh a qual escreveu um livro denominado “Você é um de nós” (publicado no Brasil pela Editora Atman – www.atmaneditora.com.br). Depois disso a abordagem se difundiu pelos países de fala espanhola, especialmente o México e a Espanha.
Introdução à Pedagogia Sistêmica CUDEC com o enfoque de Bert Hellinger
No ano de 1999 aconteceu o primeiro contato entre Bert Hellinger e o CUDEC durante um workshop em Constelações Familiaresem Barcelona (Espanha). No ano seguinte, em maio, Bert Hellinger trabalhou no CUDEC. Posteriormente, ainda no ano 2000, fez um workshop para a comunidade CUDEC. Em novembro de 2003, Hellinger oferece no CUDEC o primeiro workshop aplicado à educação. E finalmente, no ano seguinte, celebram o I Congresso Internacional de Pedagogia Sistêmica, que aconteceu na Cidade do México (México). Em 2006, aconteceu em Sevilha (Espanha), o II Congresso Internacional de Pedagogia Sistêmica, com a presença de 700 pessoas de vários países.
Pedagogia Sistêmica: sem raízes não há asas. O sonho que marcou a diferença na educação.
A Pedagogia Sistêmica inicia-se no ano 2000; um novo enfoque, num novo milênio que se baseia no natural da vida e nos elementos que anteriormente não
tinham sido observados dentro de um sistema que está inter-relacionando- se totalmente, um com outro. Refiro-me ao sistema educativo, ao sistema familiar e ao sistema social.
Ponto de vista sistêmico-fenomenológico no ensino – Marianne Franke Como menciona Marianne Franke Gricksch, em 2006 atransferência da visão sistêmica da terapia familiar para a docência, permite perceber as pessoas não como indivíduos isolados, mas como parte de uma estrutura inter-relacionada. Hellinger assinala que, a nível subconsciente, participamos na trama familiar e de
seu destino coletivo. As constelações familiares permitem revelar o fato de que fazemos parte de uma grande alma que compreende a todos os membros da família, sujeitos a um ordem essencial. Tem-se que encontrar e respeitar tal ordem para que encontremos nosso lugar dentro da nossa família, respeitando o
destino dos outros membros dessa família. O respeito e o amor à família não são
um sentimento, constituem uma postura baseada em princípios que geralmente
não é consciente. Nossa inclusão nessa grande alma é um senão, e nós nos encontramos sujeitos ao nosso destino familiar. Nisto se baseia o enfoque sistêmico-fenomenológico.
Marianne visitou o CUDEC pela primeira vez no ano 2002 e desde então, houve
várias outras visitas, contribuindo desta maneira, com este sonho. CUDEC aprecia o ponto de vista sistêmico fenomenológico no ensino, de Marianne Franke.
A visão da Pedagogia Sistêmica é belíssima, porque vê nas atitudes disfuncionais dos alunos, somente uma mostra profunda de amor; uma lealdade incondicional ao pai, uma lealdade incondicional à mãe. A última oportunidade que temos como pais de família, de participar de maneira poderosa e eficaz na vida de nossos filhos é na adolescência; e hoje, os filhos, os alunos, precisam muitíssimo dos adultos, precisam de uma participação afetiva e generosa, desde declarar que o processo educativo se leva a cabo, principalmente, através do trabalho dos pais; neste ponto, baseia-se a diferença. Que se requer? Firmeza e Sensibilidade
Essencialmente, como professores, precisamos tomar nossos pais em nosso
coração, e daí, se abre a sensibilidade, mas junto com a sensibilidade, uma outra
ferramenta fundamental, é a firmeza. Não é uma ou a outra, são as duas juntas.
Amor claro e reconhecimento de limites.
O futuro da Pedagogia Sistêmica
Na Pedagogia Sistêmica recuperamos a alegria por viver, e é a força que levamos a aula. Imaginemos os professores usando o amor que lhes é comum, porém tomando a força de seus próprios pais, e daí fluindo para seus alunos; e imaginemos o amor dos pais de seus alunos fluindo através deles; isso é poderosíssimo. Toda a diferença é educar no amor, fluindo desde a ordem. Sem ordem, não flui o amor; não tem a mesma força e, portanto, o mesmo impacto; O AMOR DOS PAIS FLUINDO NOS FILHOS É A FORÇA NA EDUCAÇÃO.